quarta-feira, 10 de outubro de 2012






I left behind the noise of the music crazy, the colorful neon lights, the empty glasses. I felt myself lost in the magnificence of that sea, mirror of the soul where there was everything, despair, distance, doubt and passion.The sea knocked loose in murmured waves, sometimes angry that ran along the sand. He stay there the foaming contours  of his fury licking my bare feet. Behind me the footprints marked my past, but it was in the future that I was looking the eyes that marked my soul, and there he was one step ahead of my horizon and I could not catch it up.I looked at the dry sky riddled with small dots that told me one day that they're stars,but  that were also golden souls going up and up to God. The moon had peeked from the racing clouds moments before,but had seen storms and so had taken refuge.I sat on the ancient stone , smooth and slippery as life up there.I called God without voice begged him the favor os a hurt heart..eyes closed and in the hoping I flew.Wings were my fervor,feathers were my pains and the horizont smiles me with its light when I folded it and downslope of the sun that falls I saw her preety face drowning me with her smile and lips dropped on one another in the deep chasm that evokes the senses and brings the love.

Jorge d'Alte




Deixei para trás o ruído da musica maluca, das luzes coloridas de neon os copos vazios.Senti-me perdido na magnificência daquele mar, espelho da alma onde havia de tudo, desespero, distancia, duvidas e paixão. O mar batia solto em vagas murmuradas, por vezes iradas que corriam pela areia fora. Deixara ficar ali os contornos espumosos da sua fúria lambendo os meus pés nus. Atrás de mim as pegadas  marcavam o meu passado, mas era no futuro que eu procurava os olhos que marcavam a minha alma e ele estava ali um passo à frente do meu horizonte e não o conseguia apanhar. Olhei o céu seco crivado de pontinhos que me disseram um dia serem estrelas, mas que também eram almas douradas que subiam, subiam até Deus. A lua tinha espreitado das nuvens corridas momentos antes, mas lobrigara tempestades e por isso se refugiara. Sentei-me na pedra milenar, lisa e escorregadia como a vida até ali. Chamei Deus sem voz, roguei-lhe o seu favor de coração ferido...os olhos fecharam-se na esperança e voei. Eram asas o meu fervor, eram penas as minhas dores e o horizonte sorriu-me com a sua luz quando o dobrei e na curva descendente do sol que caía vi o seu rosto lindo afogando-me com o seu sorriso e os lábios caíram um sobre o outro no abismo profundo que evoca os sentidos e traz o amor...






Jorge D'Alte

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